Isso significa que o poder do soberano era único, indivisível, inalienável, incontrolável e completo, portanto, o nome dado a ele como ideologia, foi o absolutismo.
O absolutismo proclamou que o monarca era o Estado, assim o poder público emanava de sua vontade e todos estavam subordinados às suas considerações.
Não havia autoridade maior do que a do Rei, então as majestades não estavam sujeitas a nenhuma outra lei que não fosse a sua vontade.
No absolutismo não havia limites, à vontade do monarca, no entanto, havia limites que não foram explicitamente expressos.
Mas de alguma forma, enquadraram o poder real, como por exemplo, a lei de Deus, o Rei era sujeito, como todo cristão, às leis morais da Igreja.
O termo absolutismo não
No absolutismo o Estado como tal não existe, nem a separação de poderes, muito menos partidos políticos, a lei é o Rei.
No início da modernidade, uma sucessão de importantes acontecimentos históricos levaram os reis a afirmarem cada vez mais seus poderes, se tornando senhores do velho e do novo mundo, inaugurando as monarquias absolutistas.
As Características do Absolutismo Francês moldaram
As primeiras monarquias absolutistas ocorreram no final da baixa idade média, à medida que as bases para a evolução do que mais tarde seria o estado moderno foram estabelecidas.
A tendência de concentrar todos os poderes no Rei foi o produto da perda de prestígio do papado e da Igreja como instituições de controle moral e social.
Cuja legitimidade divina era pouco a pouco sendo investida no próprio monarca, cuja vontade representava a vontade de Deus na terra.
As monarquias autoritárias
A sociedade absolutista era fortemente estratificada, separando os cidadãos em três classes que eram a realeza, o clero e o povo.
A realeza, os aristocratas e proprietários, que agiram como conselheiros ou aliados do rei, todos protegidos pela força militar.
O clero. Constituído pela classe eclesiástica, ou seja, padres e freiras, que viviam do dízimo e sua proximidade com os poderes políticos.
O povo simples. A massa de trabalhadores, camponeses e comerciantes.
Exemplo de uma monarquia absolutista foi o reinado de Luís XIV na França que governou de 1643 até sua morte 1715.
O absolutismo francês expressou toda a pujança e personificou todas as suas características na figura do rei Luís XIV, que ficou conhecido como “rei sol”.
As Características do Absolutismo Francês Marcam
A centralização política francesa aconteceu de forma gradual, sendo iniciada no século X, com a ascensão da dinastia capetíngia.
No final da Idade Média, esse processo foi ameaçado com as guerras que colocavam em perigo a unidade política do país com a deflagração da Guerra dos Cem Anos.
No governo do Rei Carlos IX vários conflitos entre a nobreza católica e os burgueses calvinistas colocaram em risco a estabilidade do poder monárquico.
Em 24 de agosto de 1572
Depois disso, o trono francês foi comandado por Henrique III, que teve que reafirmar sua autoridade em uma guerra.
Esse conflito se desenvolveu contra o nobre católico Henrique de Guise e o protestante Henrique de Navarra, que também ambicionavam a sucessão do governo.
Nesse conflito, popularmente conhecido como a Guerra dos Três Henriques, os protestantes saíram vencedores.
Dessa forma teve início a dinastia de Bourbon sob a liderança do monarca Henrique IV.
Para dar fim aos conflitos de ordem religiosa, o novo rei estabeleceu a assinatura do Edito de Nantes, que concedia liberdade de culto aos protestantes.
Após esse governo, o monarca Luís XIII chegou ao trono delegando amplos poderes ao ministro Richelieu.
Com os poderes do Estado em suas mãos, Richelieu tomou medidas que ampliavam os poderes da monarquia sobre os nobres e comerciantes do país.
Além disso, colocou a França contra dinastia dos Habsburgo durante a Guerra dos Trinta Anos (1618 – 1648).
O triunfo do governo Francês
Dessa forma, o governo de Luís XIV experimentou o ponto máximo do absolutismo na França.
Preparado para o cargo desde criança, o rei Luís XIV sintetizou a supremacia do governo absolutista ao dizer que o Estado era ele mesmo.
Com o auxílio do Ministro Colbert, esse monarca consolidou o mercantilismo francês estimulando a atividade burguesa.
Apesar de promover essas ações em favor do Estado e da burguesia, o governo de Luís XIV também representou as contradições geradas pelo próprio absolutismo.
Para impedir a ascensão política da classe burguesa, Luís XIV realizou a revogação do Edito de Nantes.
Com tal medida o rei poderia perseguir a burguesia no momento em que ela contrariasse os interesses monárquicos.
Após o fim do seu o Governo, a tensão entre Estado e burguesia preparou terreno para a deflagração da Revolução Francesa, em 1789.
0 Comentários